quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Serra até sorriu


Serra foi bem na entrevista no Jornal Nacional. Até sorriu!
Respondeu, de forma firme, inclusive a questão dos pedágios. O que não o torna melhor que os outros candidatos.
Serra tem experiência como candidato. É a terceira vez que se candidata, está acostumado às sabatinas (ou deveria).
Só não respondeu sobre o apoio de Roberto Jefferson.
Faltou, repito, abordar temas de relevância ao futuro do país. Mas foi assim também com os outros candidatos.
O resumo: continuo sem gostar dos três principais candidatos à Presidência.

Duke - Supernotícia-MG


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ponto para Marina!

Marina Silva foi à bancada do Jornal Nacional.

A mesma bancada que recebeu Dilma ontem e receberá Serra amanhã.

A verde, muito mais segura e menos nervosa do que no debate da Band.

O casal de entrevistadores, melhor do que ontem, menos arrogante.

Marina não se deixou interromper muitas vezes.

Uma boa entrevista, que tratou de futuro - apesar de questionar o passado petista da senadora.

Marina, muito calma, perdeu o pique nas respostas - poderia ter sido mais breve. Mas o resultado foi positivo! Ela se saiu de forma extraordinária!

Nem entrevistada nem entrevistador


Dilma nunca foi candidata a nada! Não tem experiência eleitoral.

Fato! Inquestionável!

Gaguejou e se enrolou em algumas perguntas apresentadas a ela durante a pseudo "sabatina" realizada pelo casal do Jornal Nacional.

Digo pseudo, pois é o tipo de entrevista que não deixa o entrevistado falar. Pseudo, pois não questiona nada sobre planos e projetos para o Brasil.

Questiona o passado - o que também é certo. Mas se é para falar do atual governo, que chame o presidente Lula para ser entrevistado, e não os candidatos. Quero ver propostas!

Aliás, para quê tanta arrogância e prepotência de Bonner?

Talvez por nunca ter sido repórter - diferentemente da esposa, a Fátima!

Talvez por nunca ter sido um entrevistador...

E isso não tira os méritos de Bonner como apresentador e editor do Jornal Nacional, o que faz com propriedade.

Mas ser acalmado no ar pela Fátima foi demais.

Mostrou que não era apenas a candidata de Lula que não vai bem em "sabatinas".

Charge de Regi, do Correio Amazonense


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Lá se vão dois dos meus sonhos de iniciante

Ainda garoto, iniciante no meio da Comunicação, eu tinha alguns sonhos profissionais.

Sonhos que, aos poucos, vão se acabando.

Não, não tinha vontade de apresentar o Jornal Nacional, como acontece com a grande maioria dos jovens que entram para cursar Jornalismo.

Um dos meus ideais era de trabalhar no Jornal do Brasil. Único jornalão que ainda (eu disse ainda) dou crédito.

Sempre ousado, apostando na modernidade, mas afundado em crise financeira, o JB tem data pra acabar: 1o de setembro deste ano.

Lá se vai o JB de Drummond, do Armando Nogueira, do Paulo Henrique Amorim, do José Trajano... e de tantos outros nomes do Jornalismo.

Lá se foi meu sonho de menino de trabalhar no JB - único que homenageou a fusão do Estado da Guanabara com o Estado do Rio, na década de 70.

O JB agora ficará apenas on line.

Já meu outro sonho era de trabalhar na TV Cultura.

Mas não por conta das grandes e premiadas produções, mas pelo departamento de Jornalismo, sempre tão bem disposto - pelo menos até uns cinco anos atrás.

Visitei a Casa de Herzog, como era conhecido o Departamento de Jornalismo em 2004. Fiz alguns pequenos cursos de Jornalismo Público na emissora, antes do lançamendo do Guia de Princípios de Jornalismo Público.

Achava que estava próximo da TV Cultura. Estava mais distante... Nos anos posteriores, o Guia de Princípios foi rasgado.

Os grandes Heródoto Barbeiro, Luis Nassif, Celso Zucatelli, Juca Kfouri, Valéria Grillo e Gabriel Priolli, foram, aos poucos, afastados (ou saindo mesmo) da TV Cultura.

Agora, o novo presidente da TV Cultura, João Sayad, tem um plano de reestruturação que pretende reduzir a produção de programas próprios e demitir até 1.400 de 1.800 funcionários.

Não, possivelmente a TV Cultura não vai acabar - apesar de quererem acabar com ela. Porém, o meu sonho terminou. Já não tenho mais vontade de trabalhar na emissora pública paulista.

Os sonhos hoje são outros. A maturidade chega e faz com que as decepções sejam menos - bem menos densas.

Para alguns amigos que ainda trabalham na TV Cultura, como o Rodrigo Rodrigues, com quem pude conviver, boa sorte!

E se vocês não estiverem na lista dos 400, é por um simples motivo: vocês merecem mais!